Não espere de mim
Aquilo que você não faz
Saiba que eu aprendi
A conviver com a dor
Portanto, não imploro o amor
De ninguém
E ainda que eu seja refém
Sei do que você é capaz
Apesar da minha tristeza
Por você não ter me dado valor
Sigo em paz
Afinal, respeito a sua escolha
Sei como é difícil
Entender, amar, conciliar
A vida a dois
Que as vezes é imprevisível
E se for pra julgar
Ou viver as suas vontades
Prefiro ficar a sós
Lamentando essa saudade
Mas para muitos culpados
Que só olham para si mesmos
Sem reconhecer os próprios erros
O outro vai ser sempre o culpado
O outro vai ser sempre o culpado
Julio Cantuaria